A quantidade de besteiras que li
essa semana passou dos limites. De um lado o Ativismo Gay, que consegue ser
mais chato que o Ativismo Feminista, tentando fazer descer goela abaixo de
todos a sua orientação sexual. Do outro, os “evangélicos” (sim, entre aspas
porque estes parecem não ter entendido NADA do que o Senhor nos fala através da
bíblia).
A guerra já havia sido declarada há
algum tempo, mas parece que o ápice do confronto se deu quando Viviany Beleboni
apareceu crucificada na parada Gay. Após esse fato, evangélicos se manifestaram
dizendo que a cruz foi desrespeitada e profanada, que era desrespeito a Deus, se
sentiram ofendidos. De inicio, até imaginei que isso se tratava de uma
tentativa de afrontar o evangelicalismo moderno, mas depois, ao ler diversos
relatos, entendi a manifestação que foi proposta com essa atitude. O que me
causou estranheza foi a reação de alguns guetos evangélicos que se sentiram ofendidos e tentaram transferir esse sentimento de ofensa à uma apologética risível.
Se esse sentimento de ofensa tivesse sido maior propagado dentro do catolicismo
eu entenderia, pois realmente a igreja católica tem a questão do objetos sagrados
como condição sine qua non à sua profissão religiosa, mas para os
evangélicos essa premissa não é verdadeira. A cruz é apenas um símbolo, não tem
caráter sacrossanto. O que a cruz representa NÃO pode ser profanado, isso
significa que NINGUÉM consegue profanar a cruz de Cristo, o que ela representa
é tão infinitamente maior que absolutamente ninguém consegue violar. A alegação
de desrespeito ao Senhor também é ridícula, Deus foi tão desrespeitado por ela
quanto Ele é desrespeitado em todas as encenações de páscoa, isto é, NÃO HOUVE
DESRESPEITO! Por que existiria? Por que ela é transexual? Afirmar tal coisa é,
além de tudo, preconceito!
As PESSOAS se sentiram pessoalmente
ofendidas (desculpem a redundância) e transferiram esse sentimento para o Divino,
que a única coisa que fez foi rir da cara de quem O desrespeitou (como diz Salmos
2:4). Obviamente houve desrespeito à religião, pessoas utilizaram objetos
sagrados do catolicismo de maneira horrível, inserindo esses objetos no ânus,
alguns estavam trajados de santos e estavam mantendo relações sexuais ao ar
livre, isso é extremamente desrespeitoso, mas não contra Deus, mas sim contra a
RELIGIÃO e uma coisa nada tem com a outra (até porque os que fizeram isso não
representam as pessoas deste movimento).
O problema é que as pessoas que
se sentiram ofendidas foram tentar “defender Deus” ao invés de se manifestarem
por sua própria consciência (como se Deus precisasse de defesa). Daí, isso
inflamou ainda mais esta “guerra”.
A propósito, a apologética tem
que surgir quando, dentro da igreja, surgir uma interpretação bíblica que possa
trazer condenação eterna aos seguidores desse movimento, não quando alguém,
deliberadamente, resolve utilizar algum símbolo religioso.
Essa é minha posição a respeito
desta “crucificação”. Não me ofendeu, não desrespeitou a cruz de Cristo, não
afrontou a Deus e não carece de defender a minha fé, pois ela está baseada em
algo infinitamente maior e mais poderoso: o Sangue de Jesus que nos purifica de
TODO o pecado (1 João 1:7)
A segunda coisa que “inflamou” a
guerra foi a liberação do casamento gay nos Estados Unidos, novamente, nas
redes sociais, vemos um movimento evangélico contrário a essa liberação. Não
entendo o motivo. A argumentação de alguns é porque essa liberação modifica o
conceito de família tradicional, que família é homem, mulher e filhos.
Novamente tentamos empurrar nossas convicções religiosas goela abaixo de todos.
Como cristãos entendemos, ou deveríamos entender, que o homem (entenda
humanidade) é 100% depravado, não quantitativamente, mas qualitativamente e
precisa de Deus. Sendo assim, por que, raios, vocês acham que as leis seriam
feitas de acordo com a vontade de Deus?
Dentro de uma sociedade 100%
inclinada ao pecado há de se buscar o mínimo de justiça, para que uma pessoa
não sobrepuje a outra e, nesse aspecto, a lei que libera o casamento homo
afetivo é justa, pois garante direitos de cônjuge a pessoas que viveram suas
vidas inteiras juntas, construíram patrimônio, foram cumplices e etc.
Vamos a uma situação hipotética:
Dois homens (chamados de A e B) vivem juntos por 40 anos, eles compram todos os
seus pertences no nome do homem “A”, entretanto, este veio a falecer, se o
homem “B” não tiver direito de cônjuge, os bens que estavam no nome do homem “A”
vão para os demais membros vivos de sua família e não para a pessoa com quem
ele partilhou toda sua vida. Isso parece justo? Não parece e não é!
Se me perguntarem se sou "a favor" do casamento gay eu digo que sim, sou plenamente a favor do casamento gay, observando do âmbito legal. É importante
assegurar direitos à todas as pessoas. Faz diferença se em um pedaço de papel
estiver escrito “União Estável” ou “Certidão de casamento”, se na prática ambos
são a mesma coisa?
O conceito de família na bíblia
NÃO mudou, família, para Deus, continua sendo homem, mulher e filhos e isso
NUNCA vai mudar. Mas essa convicção é nossa, dos cristãos. Vamos continuar não
aceitando o casamento gay como união legítima perante a igreja e perante Deus, mas perante a lei é
fundamental que respeitemos isso.
A terceira coisa que está “inflamando”
esta guerra é a porcaria da fotinho com o arco-íris, vi vários evangélicos
dizendo que este é o símbolo da aliança de Deus com a humanidade e não o símbolo
da união de pessoas do mesmo sexo. Bom, essa modinha está mesmo chata, quase
tive um AVC com tanta cor, mas sabem o que fiz? Usei menos o Facebook! Se me
incomoda, sou eu quem devo me retirar e não forçar as pessoas a parar de usar.
Sim, o arco-íris é símbolo da
aliança de Deus com o homem e isso também NUNCA vai mudar, mas constantemente vemos sua
utilização em outras situações, terra dos gnomos, lar dos smurfs, ponte entre a
Terra e o mundo das fadas (Padrinhos Mágicos rs), situação de alguém que usou
LSD, símbolo da igreja Deus é amor etc, mas só implicamos com os gays, por que
será? Se não pode uma, não pode nenhuma.
A aliança que este símbolo
representa tem que estar no nosso coração e não apenas no alcance dos olhos,
não importa como usem esse símbolo ele DEVE continuar significando a mesma
coisa PARA NÓS.
Mas já que querem dissociar,
vamos pensar da seguinte forma: o arco-íris que Deus fez tem 7 cores, o que os
homossexuais usam tem 6. Pronto problema resolvido.
Cuidem para se manter fortes e
inabaláveis, agindo em amor, propagando o Reino e a Sua Justiça, pois a Justiça
de Deus a Ele pertence.
Como diria Bispo Robinson
Cavalcanti “A missão da igreja é manifestar aqui e agora a maior densidade
possível do Reino de deus que será consumado ali e além.” Sem guerras
particulares, mas evidenciando o AMOR de Deus que deve resplandecer em nós,
remidos pelo sangue do Cordeiro.
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